Já arde o “Fósforo”, o terceiro single do novo e terceiro álbum a solo de Ana Bacalhau.
Com produção de João Só, esta balada foi escrita e composta por Jorge Cruz e compara uma relação ao arder de um fósforo, que, tal como o amor, se acende brilhante e rápido, consumindo-se intensamente.
Na palavras de Ana Bacalhau: “o fósforo é o início da faísca. Está tudo lá, pronto a arder, mas para o fogo começar, é preciso perder a cabeça. O combustível a postos para aquecer os corações só se inflama se a cabeça se lançar contra a lixa. E assim seguimos, sabendo-nos lixados à partida. Do laranja ao vermelho, do vermelho ao preto cinza. Tudo o que vive, morre, já sabemos, mas que viva intensamente, enquanto se consome”.
Ana Bacalhau diz-nos que esta é uma canção que a emociona muito porque tudo o que nos faz felizes é fugaz e é precisamente isso que lhe dá a beleza.
A imagem de um amor curto, mas intenso na ponta de um fósforo que arde forte e veloz, emocionou-a. Para ela, “se há canção perfeita, na sua relação melodia-letra-emoção, é esta. Ela é preciosa e necessária para todos aqueles que, como ela, quando amam vão com tudo o que têm e não se arrependem disso, mesmo que as cinzas sejam uma inevitabilidade quando a chama se extingue”.
João Pedro Bandeira