Segundo os dicionários, são várias as definições de magano, tais como: irresponsável, dado à lascívia, brincalhão ou… malandro, como dizia a avó Rosa, costureira oriunda de Safara, no baixo Alentejo. O marido, João, cantava no grupo coral local e trabalhava na Lisnave. Um casal que se mudara do Alentejo para Almada.
Dois dos netos, Sofia Ramos e Nuno Ramos, que sempre estiveram ligados à música, tiveram a ideia de criar um projeto que unisse os seus dois mundos.
Foi assim que as modas que sempre cantaram em família se tornaram a raiz dos Magano, a que se juntou um terceiro elemento, Francisco Brito.
O novo álbum dos Magano, “A Caminho de Casa”, que conta com os músicos convidados André Santos e André Sousa Machado, foi antecedido pelo single “Terra dos Meus Pais” com letra e música de João Espadinha.
Os Magano editaram o seu primeiro disco em 2018, onde constavam 12 temas do cancioneiro popular alentejano.
Ao contrário desse primeiro disco, este conta com 7 originais, compostos e escritos por Joana Espadinha, João Espadinha, André Santos, Edu Mundo, Sofia Ramos, Nuno Ramos e Francisco Brito, e apenas 3 modas populares.
O álbum “A caminho de Casa” conta também com a participação de Carlos e Henrique Leitão e de Rui Poço.
A sonoridade dos novos temas talvez se afaste da sonoridade original do Cante, mas junta três temas transversais a todo o álbum: o Alentejo, a Família e Almada.
João Pedro Bandeira