“A Eternidade” é o segundo disco de Miguel Marôco, após a estreia em 2021. O disco foi antecipado por dois singles: primeiro, ” Homem Bomba”; depois, este “A Sorte”.
É um tema intimista, gravado apenas ao piano, no dia 8 de janeiro deste ano.
Conta Miguel Marôco que “já era de noite, tinha a Mimi Froes, o Hugo Lobo e Zé Manel Cavaco na reggie; e claro, o Nuno Simões a operar a sessão. A sala do piano no Slow Music Studios estava praticamente às escuras e disseram-me pelo talkback: ‘vamos pôr a gravar e vamos beber um café, faz os takes que quiseres e quando estiveres satisfeito vem lá ter connosco’”.
Só quando saiu, o músico descobriu que, afinal, eles não tinham ido beber café nenhum e que ficaram ali, só a ouvir, sem dizer nada.
Segundo Miguel Marôco, esta é a única canção vulnerável do disco. É sobre a frustração de perceber a impossibilidade de um legado durar a eternidade.
“A Sorte” deu origem a um videoclip, gravado na praia às 5 da manhã, realizado por Carlota Nobre.
O músico e matemático Miguel Marôco nasceu em 1999. Iniciou os seus estudos musicais aos cinco anos na escola de música da Sociedade Filarmónica Recreativa de Pêro Pinheiro, passando, aos oito, a integrar a Banda Filarmónica, como trompetista e, mais tarde, percussionista. Fez o curso de piano no Conservatório de Música de Sintra e iniciou a sua carreira a solo com o EP “Noite”. Em 2021 lançou o seu primeiro álbum, no mesmo ano que participou no Festival da Canção, onde foi apurado através do concurso de livre submissão.
João Pedro Bandeira