Depois de “Nó”, é a vez de “Ciclotímica”, novo e segundo single do álbum Luas”, com lançamento previsto para o início de 2024.
É mais uma canção de baroque pop em fusão com a eletrónica.
Por definição, ciclotímica é um transtorno de humor em que a pessoa experimenta momentos súbitos de depressão ou euforia e um espírito aberto, sociável e expansivo. Joana Alegre explica a canção: “Começou por ser uma palavra estranha no meio de uma conversa, e da impressão que deixou, o palavrão virou refrão. A canção veio da vontade de romper barreiras que lhe parecem demasiado ténues para continuarem a existir e a separar-nos uns dos outros.”
Joana Alegre lembrou-se do exemplo de tantas mulheres brilhantes que ao longo de séculos foram incompreendidas, vistas como loucas, e até marginalizadas e reduzidas a diagnósticos. Inspirou-se numa estética queirosiana/ fitzgeraldiana, e por causa do seu próprio assobio imaginou um piano à Tori Amos, como no tema “Cornflake Girl”, chamou o Vicente Palma, e juntamente com o baixo do Choro e a sua produção, a canção ganhou a direção que pretendia.
Joana Alegre dedica “Ciclotímica”, a todas as vítimas de preconceito ou descriminação por motivo de saúde mental, em especial as mulheres, que têm sido alvo secular desta forma de marginalização.
João Pedro Bandeira