Benjamim tinha a canção guardada numa gaveta imaginária e a letra estava emperrada. A partir de uma gravação feita numa cassete, mal cantada em “nananana”, pediu ajuda a Samuel Úria para escrever a letra. A ideia pareceu-lhe tão ousada como natural e o amigo aceitou à primeira. E pareceu-lhe óbvio que tinham de cantar juntos a primeira canção feita em conjunto.
Por seu lado, Samuel Úria diz que dar um “sim” a Benjamim é das tarefas mais fáceis que conhece. Quer se refira ao amigo ou ao músico ou à maravilhosa intersecção entre ambos.
É assim, na primeira pessoa, que resume a existência deste single: “Benjamim tinha uma canção na gaveta ainda sem palavras, Benjamim convidou-me para emprestar palavras que a desengavetassem. O meu “sim” foi fácil e forçoso. E foi-o novamente quando, mais tarde, acedi a ser o parceiro vocal deste dueto que agora podem escutar.”
À instrumentação assegurada por Benjamim (nas guitarras, piano, baixo e farfisa) juntou-se João Correia, na bateria e um coro de muitos amigos, como B Fachada, Beatriz Pessoa, Francisca Cortesão, Joana Espadinha, Margarida Campelo, Noiserv, Selma Uamusse e Velhote do Carmo, entre outros.
João Pedro Bandeira