Já o tínhamos ouvido em colaborações com artistas como L-Ali e Jüra, mas esta é a primeira canção da sua carreira a solo.
Falamos de Ícaro, do aveirense Gonçalo Ícaro, autointitulado ator licenciado e letrista fantasma, que diz que escreve por ele e para ele, “como quando a alma aconselha o ser”. E diz: “A minha arte não vai mudar o mundo, mas se salvar o meu dia, pode mudar a vida do outro. É essa força que vejo na poesia.”
Ícaro abraça várias formas de representação do outro, através da escrita e das artes cénicas.
O seu single de estreia é “Moliceiro”.
Com produção de Beiro e Black Eagle, o tema celebra o passado e o futuro, a tradição e a modernidade, misturando o sal da ria com uma sonoridade doce e dançante.
Ícaro conduz-nos numa gôndola da “Veneza Aveirense”, ondulando entre a saudade do que já foi e a esperança por aquilo que está para vir.
Com esta estreia, o músico convida todos “a embarcar numa viagem agridoce e feliz”.
“Porque o meu fado é passado, é futuro, é fortuna, é destino, é Moliceiro”, confessa, a propósito deste tema que teve inspiração também nas palavras de Carlos do Carmo, no “Fado Moliceiro”: “Sou Moliceiro do teu lodo fecundo. Sou a ria de Aveiro, o sal do mundo”.
João Pedro Bandeira