“Desassossego” é o segundo álbum de Matilde Cid, sucessor de “Puro” de 2019, e onde se estreia também como compositora, assinando algumas das letras e músicas.
Para a fadista, este é um álbum maioritariamente de fado, que continua a ser o seu maior desassossego mas desta vez diz ter dado um pouco mais de si. “‘Desassossego’ é também o relato de momentos, vivências, é a vida cantada.”
Matilde Cid já tinha a ideia de fazer um segundo disco e a clausura imposta pela covid-19 ajudou-a a criar.
Sobre o título do disco, a autora justifica: “Porque é o que sinto neste caminho da música… é o que sinto na procura da escrita, na tentativa constante da composição e na procura da minha identidade. É o realizar que o conhecimento é infinito e que, como cantora e intérprete, ainda tenho tanto para aprender. Há tanta e tanta coisa que me deixa inquieta”.
De “Desassossego” já se conhecem dois singles. O mais recente é “Vem”, que nos fala da necessidade da irracionalidade que os seres humanos têm para que consigam ouvir o coração. O tema conta com a participação da violinista Malú Garcia.
Criada em Estremoz, no seio de uma família ligada à música, Matilde Cid passava os serões familiares a tocar viola, piano e a cantar. O pai era fã de jazz, blues e bossa-nova; a mãe, de fado. E foi assim, através da mãe, que o fado se veio a tornar a sua música de eleição.
Em Lisboa cantou em várias associações e casas de fado e lançou o seu primeiro disco em 2019, 10 anos depois de se ter iniciado profissionalmente no fado.
João Pedro Bandeira