A portuense Elvira Brito e Faro, enquanto Via, editou quatro singles, dois deles em parceria com Miguel Araújo e Tiago Nacarato e integrou o colectivo Paião para homenagear e recordar as canções de Carlos Paião. Em 2020, reinventa-se, passa a assinar como Elvira e é assim que inicia uma colaboração com o músico e produtor Beato, começando por nos dar uma versão de um tema dos anos 80, o “Sonho Azul” de Né Ladeiras e um original, “Foi Sem Querer”.
Depois de uma fase focada na maternidade, Elvira regressa com “Braço de Ferro”, que fala sobre a dor que o orgulho em excesso pode causar naqueles que amamos. Segundo Elvira, para a redenção, é preciso dar o “braço a torcer”.
Começou tarde na música. Comprou a primeira guitarra aos 18 anos e aprendeu sozinha, pois confessa que, na altura, nem distinguia um dó de um ré. Apesar do começo tardio, a sua formação musical é rica e diversa. Frequentou a Escola Maiorff, passou pela Valentim de Carvalho e, em 2011, ingressou na Faculdade Nova de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Musicais e ainda estudou Piano Jazz no Hot Clube de Lisboa, instrumento de que é professora há quase uma década.
João Pedro Bandeira