Há 15 anos, quando se assinalavam os 10 anos da morte de Amália Rodrigues, quatro músicos juntaram-se para um disco e uma digressão de homenagem, não de fado mas com uma nova e moderna sonoridade.
A dupla Nuno Gonçalves e Sónia Tavares dos The Gift, mais Paulo Praça, também um músico habituado a colaborar com a banda de Alcobaça e Fernando Ribeiro (dos Moonspell e companheiro de Sónia Tavares) deram corpo a este projeto que obteve um sucesso estrondoso.
O disco foi tripla platina (com vendas superiores a 90.000 unidades), e a versão de “Gaivota” pela voz de Sónia Tavares, com o arranjo pop de Nuno Gonçalves, tornou-se o tema mais tocado nas rádios.
O grupo deu vários concertos por cá e, com 40 músicos da Orquestra Sinfónica da República Checa, esgotou cinco espetáculos no Coliseu de Lisboa e três no Coliseu do Porto, para além de uma digressão por vários países da Ásia, também pelo Canadá, EUA e Brasil além, claro, de vários outros países europeus.
Agora, no 25º aniversário da morte de Amália Rodrigues e para assinalar o 15º ano de existência do projeto, Amália Hoje está de volta e a primeira amostra é a versão de “Fado Amália” de Frederico Valério e José Galhardo.
E nesta altura, recordem-se as palavras de Nuno Gonçalves aquando do lançamento do primeiro disco e que continuam atuais: “olhando para o passado, ouvindo discos, analisando tudo o que Amália criava, começámos a perceber que Amália era muito mais do que Fado. Amália foi a primeira e talvez a única artista pop com dimensão mundial, que Portugal alguma vez teve”.
João Pedro Bandeira