Dezenas de músicos e cantores juntaram-se no novo álbum do DJ e produtor Branko. Com tantas pessoas “a partilharem e a contribuírem para a mesma equação”, o título só podia ser “Soma” justifica o autor, acrescentado que convidou músicos que marcam o “som de Lisboa”, criado localmente, mas pensado para o mundo.
Este quarto álbum de Branko (João Barbosa, de seu verdadeiro nome) é, segundo o próprio, “a soma de todas as pessoas envolvidas e de todas as energias e coisas que tem”.
E explica o processo. “O disco começou de uma forma muito coletiva, quase como se fosse uma ‘jam session‘, uma sessão improvisada”, em que levou alguns ‘beats’ e convidou alguns dos músicos que acha “os mais importantes de Lisboa, pessoas que sem dúvida marcaram aquilo que se chama, ou que se pode considerar minimamente, o som de Lisboa.”
João Gomes, Ivo Costa, Francisco Rebelo, Djodje Almeida, Carlão, Tuyo, Yeri & Yeni, Carla Prata, Gafacci, Jay Prince ou Bryte, são apenas alguns dos músicos que participam em “Soma”.
A acompanhar a saída do álbum, que implicou viagens entre Lisboa, Londres e Rio de Janeiro, saíram mais dois singles: “Cinzas” com a voz de Teresa Salgueiro e “Mood 111” com Dino d’Santiago e June Freedom, um artista nascido em Boston, e que passou a maior parte de sua juventude a viver em Cabo Verde.
Na ficha técnica deste “Mood 111”, Branko bateu “o recorde de composições”. “São 12 pessoas nos créditos de autoria da música”.
Dino d’Santiago revela que quando acabaram a sessão de gravação do tema o relógio marcava 1h11m. Decidiram pesquisar na numerologia e decidiram que aquele feliz resultado, tornar-se-ia o ‘mood‘ para este ano de 2024. “Avizinham-se tempos difíceis, mas “Soma” é o combustível que precisava para voltar a esperançar, pois afinal de contas, a cultura continua a ser a chave para a liberdade”.
João Pedro Bandeira