Era conhecido pelo “menino do Cavalo Russo”, por passar os dias a trautear o clássico de Frederico Valério. Desde cedo, muito por causa dos seus pais, ouvia muito fado e era fácil para si replicar o que ouvia e, portanto, apanhou os “jeitos” do fado muito cedo.
A primeira atuação em público foi aos 16 anos num bar no Cartaxo, de onde António Gameiro é proveniente. Antes, aos 13, começou a tocar guitarra, que aprendeu de forma autodidata. Ainda andou um ano a estudar violino mas tentava fugir às pautas quando pedia ao professor para tocar primeiro e depois imitava-o, até ser desmascarado.
Na adolescência, ao fado, juntou outros gostos e outros estilos musicais. Por isso, diz este concorrente ao “The Voice 2021”, que “gostava, quase que em jeito de missão, de acabar com os rótulos musicais.” Talvez por isso, desde o momento em que António Gameiro começou a compor o seu single de estreia, percebeu logo que o fado, mais do que uma opção, era uma necessidade e decidiu fazer um mix entre hip-hop e fado.
“Jantar em Lisboa” é o tema com que se estreia. E é uma fusão de tudo aquilo que sente como visceral na sua música. É uma canção “pessoal”, que fala sobre o início de uma relação e do pouco controlo que se tem perante esta situação. O tema é de sua autoria, com produção de Alberto Hernández e tocada por Pedro Dias na guitarra portuguesa.
João Pedro Bandeira