Desta vez a batalha pela eleição de deputados pela emigração fez-se entre 3 partidos, ao contrário do que é habitual, diz Carlos Gonçalves. Perdeu a eleição pela AD, no círculo da Europa, pelo qual já tinha sido eleito várias vezes. Vê na subida que chama de vertiginosa dos votos no Chega alguma revolta entre os portugueses no estrangeiro que se refletiu, também, nos resultados da AD. Na Europa a coligação PSD/CDS e PPM só venceu em Espanha e em países com comunidades mais pequenas. À RDP Internacional Carlos Gonçalves assume que não foi eleito porque muitos votos se transferiram do PSD para o Chega. Carlos Gonçalves lamenta não ter tido oportunidade de um debate com o candidato do Chega num órgão de comunicação social nacional, nomeadamente na RTP – acha que teria feito diferença.
É como um terramoto o resultado das eleições entre os portugueses no estrangeiro. A opinião é de Hermano Sanches Ruivo, vereador na câmara da capital francesa – refere-se à vitória do Chega na emigração, foi o partido mais votado e conseguiu a eleição de 2 deputados. O autarca luso-francês acha que PS e PSD foram castigados por não terem feito mais tanto no governo como na Assembleia da República. Os portugueses mostraram que querem mudanças. Hermano Sanches Ruivo é vereador na câmara de Paris.
No Brasil, o Chega teve quase 14 mil votos e ficou em primeiro lugar – foi o que levou à eleição do luso-brasileiro Manuel Magno para deputado pelo círculo fora da Europa. O correspondente da A1 e RDP Internacional foi à procura de explicações para esta mudança política, entre a comunidade portuguesa. Constatou que muitos apoiantes de Jair Bolsonaro votaram no Chega. Foi o partido mais votado entre os portugueses no Rio de Janeiro e no Brasil. Em São Paulo, a AD ficou à frente, mas apenas com mais 70 votos.