Em 2013, quando deram a conhecer o seu álbum de estreia, “Aqui e Ali”, os RioLisboa apresentaram-se dizendo que a sua sonoridade reflete a fusão das musicalidades entre Portugal e Brasil – países unidos por laços históricos e pela língua de Camões. O fado unido à bossa nova – a nostalgia e a saudade unidas à alegria e à paixão. Uma mistura que refletia a sonoridade da antiga Alfama com a da saudosa Copacabana.
5 anos depois, o álbum “Moça Morena” ilustrava a mulher moderna europeia que se identifica com as influências latinas, africanas e hispânicas.
Agora, os RioLisboa “Cantam Revolução”, sobre a comemoração da Liberdade, no contexto dos 50 anos da Revolução de Abril.
O mentor do grupo, Bruno Fonseca, sentiu que esta identificação faria todo o sentido, dada a importância da data assinalada. Este caminho fez também sentido pela afinidade pessoal e familiar de alguns dos membros do grupo, nomeadamente da vocalista Luanda Cozetti, filha de Alípio de Freitas, nome muito ligado à resistência ao antigo regime.
“Cantam Revolução”, dizem, “é na realidade um grito das novas gerações perante os acontecimentos no mundo”.
O disco é antecipado pelo single “Amanhã”, com Bruno Fonseca (guitarra clássica e direção musical), André Dias (guitarra portuguesa), Marcos Alves (piano acústico e percussão), Carlos Menezes (contrabaixo) e Francisco Fonseca e André Mota (coros) e as vozes de Luanda Cozetti (que bem conhecemos dos Couple Coffee) e da fadista Cassandra Cunha.
João Pedro Bandeira