Menos de 20 por cento dos boletins de voto enviados para portugueses no estrangeiro voltaram a Portugal, até 6ª feira. É pouco, considera o presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas. Até agora chegaram a Lisboa menos de 20 por cento dos boletins de voto enviados para os portugueses no estrangeiro. O número é semelhante ao das últimas eleições, o ano passado. Até sexta-feira tinham chegado perto de 300 mil cartas resposta, com o voto dos eleitores no estrangeiro. A contagem começa esta terça-feira, mas serão tidos em conta todos os boletins que chegarem até 4ª feira. É pouco, num universo de quase 1 milhão e 600 mil eleitores, considera Flávio Martins, presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas. Ainda assim regista que chegaram mais votos de alguns países europeus. Por outro lado, nota que no caso do Brasil chegaram até agora muito menos votos do que no ano passado, desta vez pouco mais de 12 mil votos, de França mais de 90 mil. Entretanto mais de 150 mil envelopes com o boletim, foram devolvidos a Portugal sem que tenham chegado ao destinatário.
Da Venezuela retornaram a Portugal mil 222 votos, mas foram enviados quase 44 mil boletins. Já sabemos que a distribuição de correio não funciona bem no país. É desolador, diz Alberto Viveiros, conselheiro das comunidades portuguesas em Caracas. Lamenta o prazo mínimo que houve para a inscrição no voto presencial e afirma que os portugueses estiveram sempre à espera de receber os boletins via postal. Ontem também foi dia de eleições na Venezuela. Eleições para a Assembleia Nacional, para as regiões, governadores e municípios. Eram mais de 6 mil os candidatos. O partido do presidente Nicolas Maduro arrecadou mais de 82 por cento dos votos.
O conselheiro está em Lisboa, onde participa nas reuniões temáticas do Conselho das Comunidades Portuguesas. Numa dessas reuniões discutem-se questões como a dupla tributação e a necessidade de mudanças no programa Regressar, revela o conselheiro das comunidades portuguesas em Buenos Aires.