O Presidente da República e o Primeiro-Ministro iniciaram o programa das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com uma visita a uma escola de ensino português em Genebra. À sua espera, tinham um grupo de 8 professores, insatisfeitos com as condições salariais no estrangeiro. Em terras helvéticas, há 69 professores de português e mais de 6 mil alunos. Lurdes Gonçalves, coordenadora do ensino de português na Suíça, afirmou à RDP-Internacional que este continua ativo, variado e de boa saúde apesar do número de estudantes ter vindo a baixar.
Com 260 mil pessoas, a Suíça acolhe a segunda maior comunidade portuguesa no mundo, de onde tem origem o valor mais elevado das remessas para Portugal nos últimos anos. De acordo com os dados oficiais, esta continua sobretudo concentrada nos setores da construção civil, agricultura, hotelaria e restauração, serviços financeiros, setor farmacêutico, reparação automóvel, distribuição alimentar e limpezas. Mas a emigração qualificada tem aumentado. Daniel Guedelha contribuiu para isso. Engenheiro do Instituto Superior Técnico, trabalha em Basileia há 16 anos e desempenha um cargo de liderança na comissão executiva de uma multinacional farmacêutica. Sem regresso marcado, reconheceu à RDP-Internacional que o talento dos que partiram deve ser aproveitado para desenvolver Portugal.