Foi a desilusão que levou muitos portugueses no estrangeiro a darem a vitória ao Chega, no voto da emigração para as eleições legislativas. O partido elegeu dois deputados, o PS um e outro foi para a AD. O investigador José Carlos Marques considera que o sentimento de abandono que muitos portugueses no estrangeiro sentem resultaram em votos no Chega. Também uma forte campanha no terreno. De qualquer modo, o professor do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa achou surpreendente a vitória do Chega, nos votos da emigração.
O Livre defende que tem de ser alterado o sistema eleitoral, tal como está nos círculos da emigração. Cerca de 40 por cento de votos anulados mostram que algo não funciona. Considera o partido Livre que os votos dos portugueses no estrangeiro devem ser respeitados. No mesmo sentido, a Associação Também Somos Portugueses promete ser rápida nas exigências ao novo parlamento e ao novo governo. Considera “intolerável” ter havido mais de 120 mil votos nulos. É urgente, considera esta Associação, alterar a lei para não ser obrigatório incluir a fotocópia do cartão de cidadão junto do boletim de voto, a principal razão para tantos votos nulos. Vai também insistir em testes ao voto digital – tem esperança que a medida avance com o novo parlamento. E urgente é também, de acordo com a Associação Também Somos Portugueses, é urgente informar os portugueses no estrangeiro da necessidade de terem a morada atualizada no recenseamento eleitoral, para receberem o voto postal, em próximas eleições.