Rita Neto é a diretora de marketing e comunicação d’A Padaria Portuguesa. Entrevistada por Miguel Peixoto no âmbito da rubrica da RDP Internacional, Dois Dedos de Conversa, Rita fala-nos sobre a comunicação deste empreendimento singular no panorama empresarial português.
A ideia, em 2009. Uma Padaria à medida dos portugueses, com inspiração vinda de Paris, Londres e Berlim. A Padaria Portuguesa nasceu em 2010, numa pequena fábrica em Samora Correia. Também em 2010, nasce a primeira Padaria na Av. João XXI, em Lisboa. Do pão de Deus ao sumo de laranja, um menu pequeno-almoço. Assim se materializava a ideia do CEO, Nuno Carvalho. Eram outros tempos. Tempos em que os portugueses, e sobretudo os lisboetas, iam cada vez mais comprar o seu pão às grandes superfícies, quase sempre distantes das zonas de residência. A missão passava assim por tentar resgatar um sentimento bairrista em declínio, com produtos de fabrico próprio, um atendimento personalizado e acolhedor, e a oportunidade generalizada de tomar o pequeno-almoço fora de casa. O chef Paulo Cardoso foi o primeiro funcionário d’A Padaria Portuguesa. Criou, testou e aperfeiçoou grande parte das receitas mais icónicas – o pão de deus foi a primeira e, provavelmente, mais marcante de todas elas. Simples ou misto, foi conquistando o seu espaço no dia-a-dia dos portugueses e, hoje em dia, é conhecido e admirado um pouco por todo o mundo. As lojas foram-se tornando, mais do que locais de passagem, pontos de encontro para casais, famílias, trabalhadores, estudantes e turistas. O chão em mosaico tricolor, as paredes com o quadro da ceifeira ou as peneiras, a bicicleta à porta, a música lusófona e o aroma a pão quente em muito contribuíram para essa vontade de permanecer.