No Luxemburgo, a retoma do sector da construção civil tarda em chegar, tem estado em crise.
Não há projetos para a construção de novas habitações, o sector só mexe com a recuperação de casas, revela na RDP Internacional Hernâni Gomes, responsável pelo sector da construção civil na central sindical OGBL
A crise na construção civil no Luxemburgo, para além das obras públicas, afeta os trabalhadores portugueses.
São mais de 60 por cento do total dos trabalhadores do sector, afirma o sindicalista Hernâni Gomes, ouvido pela jornalista Paula Machado.
Apesar da crise da construção civil no Luxemburgo, os portugueses vão continuar a emigrar para o Grão Ducado, na opinião do presidente do Sindicato da Construção de Portugal.
É que o salário social mínimo no Luxemburgo está acima dos 2 mil e 600 euros brutos mensais para trabalhadores não qualificados.
Quem tem qualificações ganha mais de 8 mil e 300 euros por mês.
Por isso, a questão salarial explica a ida para o estrangeiro de trabalhadores portugueses, diz Albano Ribeiro.
Acrescenta que os que voltam já vêm reformados.
A crise na construção no Luxemburgo afeta trabalhadores portugueses, trabalhadores qualificados que fazem falta em Portugal, mais de 100 mil, diz Albano Ribeiro.
Albano Ribeiro acha que os trabalhadores portugueses da construção civil vão continuar a emigrar, seja para o Luxemburgo, para França ou para a Alemanha.
No Luxemburgo, o sindicalista Hernâni Gomes detalha alguns números da crise no sector da construção civil – números do primeiro semestre deste ano: 89 falências e mais de 500 trabalhadores no desemprego.
Hernâni Gomes da central sindical OGBL, responsável pelo sector da construção civil.
O sindicato prevê negociações difíceis entre os trabalhadores e os patrões.
A convenção coletiva é a mesma para o sector das obras públicas e do setor privado.