A terceira segunda-feira de janeiro é conhecida como Blue Monday (segunda-feira triste ou deprimente), por ser, supostamente, “este o dia mais triste do ano”. Esta conceito foi criado em 2004 pelo psicólogo Cliff Arnall e tem sido usado pelas empresas para realizar campanhas publicitárias. Mas por que razão é este “o dia mais triste do ano”?
Cliff Arnall analisou um conjunto de variáveis para “calcular” qual o dia mais triste. O frio e o mau tempo, as dívidas acumuladas das festas, a culpa por ter abandonado as suas resoluções de Ano Novo e a falta de motivação são alguns dos fatores que levaram o psicólogo a concluir que na terceira segunda-feira do ano as pessoas estariam mais deprimidas.
Este ano, 2025, a Blue Monday assinala-se a 20 de janeiro e as associações de consumidores decidiram aproveitar a data para reivindicar medidas que podem tornar a vida dos consumidores menos triste. Referimos-nos a questões alimentares, nomeadamente a perfis nutricionais – conjunto de critérios que facilitam a escolha dos alimentos através da informação no rótulo – e alegações enganosas nesses mesmos rótulos alimentares.
Desde 2006 que a União Europeia prometeu proteger os consumidores de alegações de saúde e nutrição que fazem os produtos parecerem mais saudáveis do que realmente são. No entanto, muitos alimentos ricos em gordura, sal e açúcar continuam a usar essas alegações para atrair os consumidores.
A Comissão Europeia devia ter estabelecido perfis nutricionais em 2009 e 16 anos depois continuamos à espera. É urgente que estas decisões sejam publicadas e obriguem a indústria alimentar a não usar alegações enganosas e oferecer alimentos saudáveis e equilibrados.
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Os Meus Direitos é uma rubrica semanal da jornalista Isabel Flora com a colaboração de Graça Cabral da Deco.