Há algumas horas eram perto de 350 mil os boletins de voto chegados a Lisboa. Um recorde na votação dos portugueses no estrangeiro via postal, para as eleições legislativas. Em princípio a esta hora já não são aceites mais boletins de voto – a
contagem final começou há cerca de 1 hora. No final vai saber-se quem serão os últimos 4 deputados eleitos para a Assembleia da República. 2 pela Europa, outros dois por fora da Europa. Em termos globais, o PS já assumiu que vai ficar em terceiro lugar nestas eleições, estava empatado em número de deputados com o Chega. Será a primeira vez,
pelo menos nos últimos 20 anos que os socialistas não têm um deputado eleito pela emigração. Na contagem dos votos da emigração, com os boletins chegados até ontem ao final do dia, o Chega ia à frente em número de votos, seguido da AD. Mas, até ao lavar dos cestos há vindima, ou neste caso, enquanto houver votos para contar, não se sabe o resultado. A projeção a esta hora indica 2-2, para Chega e AD. Ambos elegem na Europa e Fora da Europa.
Este ano há mais votos do que no ano passado, mas também há mais eleitores recenseados no estrangeiro – são mais 32 mil do que no ano passado. 1 milhão e perto de 600 mil no total. O aumento da participação eleitoral no estrangeiro tem acontecido a cada eleição desde que o recenseamento eleitoral passou a ser automático.
O crescimento este ano do número de votantes é uma boa notícia para os conselheiros das comunidades portuguesas que esta manhã visitaram a Feira Internacional de Lisboa, onde os votos estão a ser contados. De França, Rui Ribeiro Barata, revela-se satisfeito com o progresso. Está em Lisboa para uma reunião temática dos conselheiros. Anuncia à RDP Internacional que o novo governo e o novo parlamento vão receber dos conselheiros das comunidades portuguesas, uma recomendação para alterações à lei eleitoral – a intenção é que seja permitido o voto presencial quando o boletim não chega por correio. Ora para um dia, no futuro, ser possível o acesso ao voto online, a chave móvel digital será um instrumento importante para os portugueses no estrangeiro. E já é atualmente a forma de aceder a serviços online do Estado português.
Na visita dos conselheiros à FIL esteve também a conselheira na Austrália. Não resistiu a uma fotografia junto à mesa onde se abriam os envelopes chegados do país onde vive – foram menos de dois mil, menos de um terço dos boletins enviados.