Quase 4 anos depois do regresso, Ana Martins e o marido podem regressar à Suíça, pela estabilidade da família.
Há um ano quando conversou pela primeira vez com a Maria de São José, Ana já dizia que voltar para Neuchâtel era uma possibilidade. Mas parecia lá longe. Ela, arquiteta e o marido, designer, faziam já comparações com a Suíça, por mais que eles e os filhos gémeos, que nasceram lá, estivessem bem em Évora. Lá pensavam tanto em voltar para Portugal, mas davam com eles a pensar que talvez, um dia, ainda podiam meter-se na auto-caravana e fazer nova viagem de ida. Passou mais um ano. E então? Voltaram para a Suíça? Ou já tomaram a decisão, seja de ficar, seja de ir outra vez?
Não. Ainda não. A ideia está é mesmo muito presente e a decisão tem que ser tomada nos próximos meses, porque a validade da permissão obtida na Suíça ao fim de 10 anos lá, está quase a esgotar-se. Porque é que voltar para a Suíça não lhes sai da cabeça? Se voltarem a ir, depois será para regressar outra vez? E como é que isso é encarado, se vier a acontecer? Como uma espécie de derrota? Ou será, apenas a vida a acontecer? São as perguntas que foram fazendo caminho nesta nova conversa, com uma certeza no final. Tal como se metem na auto-caravana e vão por aí, de espírito aberto, a Ana e o marido parecem preparados para o que for. Tem é que ser bem ponderado, porque já não são só 2. São 4.
Para a Ana e para o marido, o importante é procurar oportunidades na vida e agarrá-las, a pensar neles mas, principalmente, no futuro dos filhos. E por mais que gostem desta casa, a outra, na Suíça, parece acenar-lhes com mais. Aqui, ao fim de quase 4 anos, não conseguiram em Évora com as profissões que têm, aquilo que conta tanto para a família – estabilidade.