Para Katia Guerreiro, foi “uma honra” ter sido convidada pelo Presidente da Câmara de Ponta Delgada, e aceitou o desafio, que irá abraçar com o maior “sentido de missão“.
“A Capital Portuguesa da Cultura é a Capital Portuguesa da Cultura. E, portanto, não nos iremos cingir a programas sobre a cultura nascida, criada e existente em Ponta Delgada, mas vamos trazer valores culturais de todo o país, exatamente com a preocupação de criar sinergias entre os agentes culturais regionais e os do continente e da Madeira“.
“Não nasci aqui a primeira vez, mas, sim, a segunda vez na minha vida, depois de ter saído da África do Sul aos 11 meses. Este é o meu chão, estas são as minhas raízes, cresci a andar nestas ruas, aprendi a falar e a escrever nesta cidade, tenho os meus amigos de sempre aqui, e laços que me prendem a esta ilha e arquipélago que fazem com que eu assuma este papel de forma muito apaixonada“, declarou a artista.
Katia Guerreiro assumiu que irá comissariar o projeto no sentido de afirmar Ponta Delgada “como um polo de atração cultural no país e no mundo“.
Na sequência do anúncio o Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, recebeu para apresentação de cumprimentos o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, e a fadista Katia Guerreiro. José Manuel Bolieiro mostrou-se na ocasião disponível para o Governo dos Açores colaborar com a autarquia neste projeto, que se perspetiva que possa valorizar a cidade micaelense e toda a Região.
Nascida a 23 de Fevereiro de 1976, na África do Sul, Katia Guerreiro mudou-se, ainda em criança, para a ilha de São Miguel. Aos 15 anos, iniciou o seu percurso musical a tocar viola da terra no Rancho Folclórico de Santa Cecília da Fajã de Cima. Mais tarde, ingressou no curso de Medicina em Lisboa, um trajeto académico bem sucedido que articulou com a participação em vários projetos musicais na capital portuguesa.
É, no entanto, em 2000, que inicia a sua carreira profissional, ao apresentar-se no concerto de homenagem a Amália Rodrigues, no Coliseu de Lisboa. Na altura, pode ler-se no sítio online da fadista, “tanto a crítica como o público rendem-se à sua interpretação de ‘Amor de Mel, Amor de Fel’ e de ‘Barco Negro’, tendo sido considerada a melhor atuação da noite“.
Hoje, a fadista pode orgulhar-se de um percurso profissional com mais de duas décadas, que conta com dez álbuns editados, e tem sido pautado por êxitos como ‘Asas’, ‘Até ao fim’, ‘Amor de Mel, Amor de Fel’ e ‘9 Amores’.
Recebeu, em Portugal, a Ordem do Infante D. Henrique e, em França, o Grau Chevalier da Ordem das Artes e Letras.
Fonte: Inha, Assessoria de Imprensa