O relatório Perspetivas da Migração Internacional 2025, agora divulgado, mostra ainda que a percentagem de reagrupamentos familiares caiu quase 50 por cento em Portugal.
Ainda assim, apesar de haver menos imigração a chegar a Portugal, há cada vez mais pessoas a entrar no país para trabalhar.
Em 2024, esse aumento foi de nove por cento.
Quanto à imigração de longo prazo, a OCDE escreve que Portugal, entre 2023 e 2024, recebeu 138 mil novos imigrantes.
Este número representa uma descida de 1,9 por cento.
No que diz respeito a autorizações para a entrada no país de estudantes internacionais do ensino superior, houve um aumento em 2024.
Foram emitidas cerca de nove mil autorizações.
No que diz respeito às três principais nacionalidades das pessoas que chegaram a Portugal em 2023, Brasil, Angola e Cabo Verde dominaram.
Por outro lado, a emigração de cidadãos portugueses para países da OCDE aumentou para 61 mil (mais quatro por cento em 2023).
Destes 61 mil, cerca de 21 por cento dos portugueses emigraram para a Suíça, 19 por cento para Espanha e 12 por cento para França.
No universo dos 38 países da OCDE
O número de migrantes que foram viver permanentemente para países da OCDE diminuiu quatro por cento em 2024.
No entanto, a organização afirma que esse número ainda é historicamente elevado, somando 6,2 milhões de pessoas (15 por cento acima dos níveis de 2019).
O relatório anual sobre Perspetivas da Migração Internacional mostra que quase metade (44 por cento) dos novos migrantes permanentes foi viver para os países da OCDE por motivos familiares.
Ou para se reunirem a familiares já residentes no país de acolhimento (34 por cento), ou como acompanhantes de migrantes laborais (dez por cento).
Os migrantes nos países da OCDE estão, na maioria empregados, sendo que em 2024 apenas dez por cento é que não trabalhavam.
Quanto à migração laboral temporária, portanto a sazonal, atingiu, no ano passado, um nível historicamente elevado, refere o relatório.
Já o número de novos requerentes de asilo na OCDE continuou a aumentar (mais 13 por centro).
Em 2024 houve três milhões de novos pedidos de asilo na OCDE, o nível mais elevado alguma vez registado.
Ainda assim, à exceção dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, no resto da OCDE o número de pedidos diminuiu.
A Organização justifica esta queda com políticas mais restritivas.
Por exemplo, medidas mais rápidas para deportações, menos benefícios dados a refugiados e menor facilidade para reagrupamento familiar.
Relatório Perspetivas da Migração Internacional 2025
Cristina Santos – RTP