Políticas para os portugueses no estrangeiro: os conselheiros das comunidades portuguesas enviaram a todos os partidos que concorrem pela emigração às eleições de dia 18, uma lista de questões sobre políticas para a diáspora. Pedem respostas até ao final desta semana.
A ideia é esclarecer os portugueses no estrangeiro sobre as políticas para as comunidades dos 18 partidos candidatos às legislativas de dia 18. Por isso, os conselheiros das comunidades portuguesas, que se dedicam à participação cívica e política, enviaram um documento com uma lista de perguntas aos partidos e coligações que se candidatam pelos círculos da emigração.
À RDP Internacional, o conselheiro coordenador desta área temática, Rui Ribeiro Barata, apresenta algumas das perguntas: sobre o direito ao voto, a participação dos portugueses no estrangeiro em referendos nacionais, o número de deputados que representam a emigração no parlamento em Lisboa e ainda sobre o funcionamento da rede consular. O inquérito foi enviado aos partidos no dia em que começou a campanha eleitoral, para respeitar às orientações da Comissão Nacional de Eleições e mostrar que a lei eleitoral não funciona para os portugueses residentes no estrangeiro.
As respostas devem chegar até sexta-feira, pedem os conselheiros aos partidos. Até agora só o Bloco de Esquerda respondeu, mas remeteu para o programa eleitoral do partido.
Falta campanha eleitoral junto dos portugueses no estrangeiro, considera Carlos Pereira, director do Lusojornal em França. O jornalista acha que são várias as falhas nos processos eleitorais em Portugal, falhas que resultam na grande abstenção entre os eleitores portugueses no estrangeiro. Desde as várias formas de voto, consoante as eleições, até à falta de conhecimento dos candidatos pela emigração das questões da diáspora. Para começar, aponta Carlos Pereira, os líderes partidários não vão ao terreno, junto das comunidades portuguesas.