Francisco frequentou, durante seis semanas, um curso intensivo de mestrado na Universidade de Svalbard, no ártico norueguês. Foi uma expedição ao Polo Norte, para estudar afloramentos rochosos que 5 anos antes estavam cobertos pelo glaciar. O jovem Francisco procurou este curso através de uma pesquisa, incentivado por um professor da Universidade de Coimbra. Candidatou-se e foi aceite num grupo de 20 investigadores: 14 noruegueses e 6 internacionais. Era o único português, com 23 anos. Conheceu um brasileiro de quem ainda hoje é amigo e foi com ele que viveu um dos momentos mais marcantes. Tiveram que pedir resgate, devido à proximidade de um urso polar. O animal estava a 200 metros do grupo de 4: o português, o brasileiro, um norueguês e um norte americano, que tiveram de subir ao telhado de uma cabana. Passado o susto, até daria uma anedota, como partilha o Francisco na conversa com a Maria de São José.
O episódio desta semana do Voltei de lá é também uma lição de sustentabilidade, além da partilha da história de vida de Francisco Veiga Simão. O cofundador do Fórum Energia e Clima, é um geocientista com 32 anos de idade, mas com uma experiência de quase 9 anos a viver fora de Portugal.
Ele passou por 5 países, Espanha, Inglaterra, Noruega, Países Baixos e Bélgica. Entre contar aventuras e todo o trabalho de investigação, entre explicar como foi o Erasmus, o Mestrado e o Doutoramento, passando por uma expedição ao Polo Norte, Francisco conta à Maria de São José que está a realizar o que sempre desejou – voltar a Portugal para contribuir na área em que se especializou e ajudar o país a pensar e a fazer diferente. Desde gestos simples como consumidores, até às potencialidades da Geologia, aplicada à sustentabilidade.
Como geocientista quer contribuir na “área impactante da construção”. Como pergunta o Francisco “já explorámos tanto, o que é que podemos fazer com o que sobrou dessa exploração?” Foram as respostas a essa questão que o Francisco procurou ao longo de anos de estudo e investigação. Ele fez a expedição ao Polo Norte em 2016.
E agora, está de volta a Pampilhosa da Serra, vai viver na aldeia de Unhais-o-Velho e quer aplicar o que sabe para ajudar a transformar os nossos resíduos em recursos.
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