Catarina Azevedo (ou Cat, como prefere ser tratada) é de Lisboa, licenciou-se em animação no Instituto Politécnico de Portalegre e já esteve envolvida em vários trabalhos de desenhos animados.
É designer visual, esteve em seis países, mas agora regressou à Dinamarca, onde trabalhou na série Tim Rex in Space, que estreou este mês.
Aos 28 anos, a viver com o marido, assume que quer ficar em Copenhaga: “Queremos ficar lá porque foi o país onde temos mais amigos, mais segurança e mais ‘affordable’ (comportável) comprar casa”.
Cat Azevedo diz que conseguiram um apartamento por valores acessíveis através de um sistema de cooperativa, sem precisar de bancos ou dinheiro de familiares.
Foto: Facebook Cap Magellan
Nunca trabalhou no mercado português de animação e já viveu na Dinamarca (para onde foi estudar quando acabou o curso em Portalegre), Irlanda do Norte, Estados Unidos, Islândia e Irlanda – contando ainda pelo meio com um regresso a Portugal.
“Geralmente a animação é uma indústria muito complicada, que supostamente requer muito” em que “dás muito de ti para fazer e para finalizar”, conta Cat à RDP Internacional.
Na empresa em que trabalha agora em Copenhaga, diz que pela primeira vez tem um horário de trabalho das 9 horas às 17 horas. Quanto à troca entre empresas, o setor é muito à base de projetos, descreve, e exemplifica que uma série pode ter 100 episódios, mas que “se não há projetos a seguir, não conseguem reter”.
“Muitas vezes chamam de volta, mas há sempre um período de 3 ou 6 meses entre empresas”, explica, embora assuma que “tenho tido sorte de conseguir saltar sempre de empresa para empresa”.
Elogiando a qualidade de vida na Dinamarca, não esconde que gostava de voltar a Portugal. Esteve entre os dias 7 e 12 de agosto em Cascais, onde conversou com a RDP Internacional a propósito do encontro de jovens lusófonos e lusodescendentes, organizado pela associação luso-francesa CAP Magellan.
Esta é uma reportagem que integra o episódio de 13 de agosto de “Jornal das Comunidades”.
(Texto: Gonçalo Costa Martins)