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Imagem de “Bomba-relógio”: acidez do mar atingiu níveis críticos
Ambiente 9 jun, 2025, 14:58

“Bomba-relógio”: acidez do mar atingiu níveis críticos

Imagem de “Bomba-relógio”: acidez do mar atingiu níveis críticos
Ambiente 9 jun, 2025, 14:58

“Bomba-relógio”: acidez do mar atingiu níveis críticos

Os oceanos do mundo estão mais “doentes” do que se pensava, afirmaram esta segunda-feira cientistas, que alertam para o facto de uma medida fundamental mostrar que estamos a “esgotar o tempo” para proteger os ecossistemas marinhos. O alerta surge no dia em que arranca no sul de França a terceira Conferência dos Oceanos, organizada pela ONU.

A acidificação dos oceanos, frequentemente designada como o “gémeo mau” da crise climática, é causada quando o dióxido de carbono é rapidamente absorvido pelos oceanos, onde reage com as moléculas de água, provocando uma descida do nível de pH da água do mar. A acidificação danifica os recifes de coral e outros habitats oceânicos e, em casos extremos, pode dissolver as conchas das criaturas marinhas.

Até à data, não se considerava que a acidificação dos oceanos tivesse ultrapassado o seu “limite planetário”.

As fronteiras planetárias são os limites naturais dos principais sistemas globais – como o clima, a água e a diversidade da vida selvagem – para além dos quais a sua capacidade de manter um planeta saudável corre o risco de falhar.

No ano passado, os cientistas afirmaram que seis dos nove limites já tinham sido ultrapassados.

No entanto, um novo estudo realizado pelo Plymouth Marine Laboratory (PML) do Reino Unido, pela National Oceanic and Atmospheric Administration de Washington e pelo Co-operative Institute for Marine Resources Studies da Universidade Estatal do Oregon concluiu que o “limite” da acidificação dos oceanos foi também atingido há cerca de cinco anos, avança o jornal britânico The Guardian.

“A acidificação dos oceanos não é apenas uma crise ambiental – é uma bomba-relógio para os ecossistemas marinhos e as economias costeiras”, alertou Steve Widdicombe, da PML, que é também copresidente da Rede Global de Observação da Acidificação dos Oceanos. O estudo baseou-se em medições físicas e químicas novas e históricas efetuadas a partir de núcleos de gelo, combinadas com modelos informáticos avançados e estudos da vida marinha, que proporcionaram aos cientistas uma avaliação global dos últimos 150 anos.

O estudo concluiu que, em 2020, o estado médio dos oceanos a nível mundial já se encontrava muito próximo – e, nalgumas regiões, para além – do limite planetário para a acidificação dos oceanos. Este limite é definido como o momento em que a concentração de carbonato de cálcio na água do mar é inferior em mais de 20 por cento aos níveis pré-industriais.

Segundo os cientistas, quanto mais fundo no oceano se explorava, piores eram as conclusões. A 200 metros abaixo da superfície, 60 por cento das águas globais tinham ultrapassado o limite “seguro” para a acidificação.

“A maior parte da vida nos oceanos não vive apenas à superfície”, afirmou Helen Findlay, do PML.

“As águas mais profundas albergam muitos mais tipos diferentes de plantas e animais. Uma vez que estas águas mais profundas estão a mudar tanto, os impactos da acidificação dos oceanos podem ser muito piores do que pensávamos“.

Para Helen Findlay, esta situação tem enormes implicações para importantes ecossistemas subaquáticos, como os recifes de coral tropicais e mesmo de profundidade, que constituem habitats essenciais e viveiros para as crias de muitas espécies.

À medida que os níveis de pH descem, as espécies calcificantes, como os corais, as ostras, os mexilhões e os minúsculos moluscos conhecidos como borboletas-do-mar, têm dificuldade em manter as suas estruturas protetoras, o que conduz a conchas mais fracas, a um crescimento mais lento, a uma reprodução reduzida e a taxas de sobrevivência mais baixas.

Os autores sublinharam que a diminuição das emissões de CO2 é a única forma de lidar com a acidificação a nível global, mas que as medidas de conservação podem e devem centrar-se nas regiões e espécies mais vulneráveis.

“Este relatório deixa claro: estamos a ficar sem tempo e o que fazemos – ou deixamos de fazer – agora já está a determinar o nosso futuro”, realçou Jessie Turner, diretora da Aliança Internacional de Combate à Acidificação dos Oceanos, que não esteve envolvida no estudo.

“Estamos a enfrentar uma ameaça existencial, enquanto nos confrontamos com a difícil realidade de que grande parte do habitat adequado para espécies-chave já se perdeu. É evidente que os governos não podem continuar a dar-se ao luxo de ignorar a acidificação nas principais agendas políticas“, sublinhou.

Mobilizar decisores contra a degradação dos oceanos

A terceira Conferência sobre os Oceanos da ONU arrancou esta segunda-feira em Nice, França, reunindo chefes de Estado e de governo, incluindo o primeiro-ministro português, para uma mobilização contra a degradação do oceano pela poluição e pela sobrepesca.

Os participantes vão abordar assuntos relacionados com o oceano, desde a poluição por plásticos à conservação e gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros. A cimeira, organizada pela França e pela Costa Rica, decorre até 13 de junho.

A conferência vai reunir governos, organizações intergovernamentais, instituições financeiras internacionais, organizações não governamentais, organizações da sociedade civil, universidades, a comunidade científica, povos indígenas e comunidades locais.

A presença portuguesa será assegurada “ao mais alto nível” político, com o primeiro-ministro, a ministra do Ambiente e Energia, o ministro da Agricultura e Mar e o secretário de Estado das Pescas e do Mar, “refletindo o compromisso do Governo com a agenda da conservação marinha e da economia azul sustentável”, adiantou o gabinete da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho. A conferência de Nice realiza-se três anos após a realizada em Lisboa, em 2022.

Segundo o Ministério do Ambiente, o Governo vai levar à conferência de Nice a mensagem de que a proteção do oceano é uma prioridade estratégica, tanto do ponto de vista ambiental como económico.

Durante a conferência é esperada a apresentação do Pacto Europeu para os Oceanos, pela presidente da Comissão Europeia.

Deverão surgir declarações da comunidade científica contra a mineração no mar profundo pelos impactos que essa atividade pode causar em todo o ecossistema marinho e é esperado que mais países ratifiquem o Tratado do Alto-Mar.

Formalmente designado de Acordo sobre Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas para além da Jurisdição Nacional (BBNJ, na sigla inglesa), o tratado resultou de quase 20 anos de discussões e pretende a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha.

É um documento juridicamente vinculativo de proteção das águas internacionais, que estão fora da área de jurisdição nacional, correspondendo a cerca de 70 por cento da superfície da Terra.

O tratado só entra em vigor 120 dias depois de 60 países o ratificarem e neste momento apenas alguns o fizeram, incluindo Portugal.

Fundo do mar não se pode transformar num “Velho Oeste”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou na abertura da Cimeira dos Oceanos, que o fundo do mar não pode tornar-se num “Velho Oeste”.

“O fundo do mar não pode tornar-se um Velho Oeste (…). Espero que possamos inverter esta situação. Que possamos substituir a pilhagem pela proteção“, alertou na abertura da cimeira organizada pelas Nações Unidas.

António Guterres, apelou também a uma mudança de rumo em relação à biodiversidade marinha, uma vez que “os stocks de peixe estão em colapso“.

O secretário-geral da ONU apelou ainda a um acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a pesca sustentável e chamou a atenção para o baixo nível de financiamento para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 14), que considera ser um dos objetivos mais negligenciados.

Tratado tem de ser ratificado por 60 países

O presidente francês, Emmanuel Macron, espera que o Tratado do Alto Mar seja ratificado por um número suficiente de países para entrar em vigor e anunciou novos compromissos para alcançar pelo menos 60 ratificações.

“Para além das 50 ratificações já aqui apresentadas nas últimas horas, 15 [outros] países comprometeram-se formalmente a aderir“, declarou Emmanuel Macron, na abertura do evento.

Para o presidente francês, “era essencial, pois o oceano liga-nos a todos no seio de um só ecossistema que liga também o clima e a biodiversidade. As emissões de gás de efeitos de estufa afetam as calotas glaciares nos polos que, ao derreterem, provocam um aumento do nível dos mares que atinge três mil milhões de seres humanos que vivem nas zonas costeiras do planeta”.

Macron acrescentou que “o acordo político foi alcançado”, o que permite dizer que o Tratado de Alto Mar “será devidamente implementado”, sem especificar um calendário.

Artigo do The Guardian: ‘Ticking timebomb’: sea acidity has reached critical levels, threatening entire ecosystems – study

Miguel Medina, RTP, AFP c/ agências

Conferência dos Oceanos ONU Rede Global de Observação da Acidificação dos Oceanos Universidade do Oregon

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