O conselheiro das comunidades na Namíbia vestiu a pele de carteiro para fazer chegar os boletins de voto a casa dos portugueses. Manuel Coelho conta na RDP Internacional que não há carteiros no país.
Nos Países Baixos, o problema é outro, os correios não deixam avisos nas caixas de correio para levantar cartas com aviso de receção. O conselheiro das comunidades portuguesas defende a simplificação do voto postal.
Não há carteiros na Namíbia, no sul de África, mas os portugueses no país receberam os seus boletins de voto, garante o conselheiro das comunidades portuguesas. Tratou de arranjar uma empresa de entregas ao domicílio para a distribuição dos envelopes. O relato é feito à jornalista Paula Machado por Manuel Coelho, conselheiro das comunidades portuguesas.
Tem-se revelado um obstáculo, o aviso de receção que acompanha o boletim de voto enviado para portugueses no estrangeiro. Há serviços de correio que não trabalham com avisos de receção, muito menos deixam notificações dos correios para o levantamento da carta num posto de recolha. É o que acontece por exemplo nos Países Baixos, revela Tiago Soares, conselheiro das comunidades portuguesas. Ajudou alguns portugueses a encontrarem o seu boletim. Diz Tiago Soares que o processo é simples, seguindo online a viagem do envelope. É preciso é ter a aplicação do serviço de correios no país. Nada disto seria necessário, se não houvesse aviso de receção, considera o conselheiro que defende a simplificação do voto postal.
A Comissão Nacional de Eleições também recomenda o acompanhamento da viagem do boletim de voto começando pelo Portal do Eleitor. André Wemans, porta voz da Comissão Nacional de Eleições, afirma que quanto ao aviso de receção, as regras dos correios variam de país para país.
A CNE alerta também para um email falso que está a circular. Um email em nome da Comissão Nacional de Eleições com um suposto link para voto online. A Comissão Nacional de Eleições avisa que se trata de uma fraude. Não existe votação online.
Outra dúvida a que responde a Comissão Nacional de Eleições, confirma que é legal o envio de propaganda política para as caixas de correio de eleitores portugueses no estrangeiro. Está previsto na lei eleitoral, explicou o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.