O governo de Lisboa não acredita que eventuais deportações de clandestinos nos Estados Unidos venham a ter um grande impacto na comunidade portuguesa. A convicção foi reafirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.
Mas nos Estados Unidos nesta altura há perto de um milhar de processos em curso, processos de deportação de portugueses, afirma Katherine Soares, presidente da PALCUS – Conselho de Liderança Luso-americano.
Muitos mais poderão ocorrer, porque há muitos portugueses indocumentados e que estão muito alarmados. Entraram no país legalmente, mas depois ficaram para além dos 90 dias permitidos. Muitos estão estabelecidos há décadas, mas agora ponderam antecipar a expulsão e voltar para Portugal. A convicção é de Helena da Silva Hughes, presidente do Centro de Assistência ao Imigrante em New Bedford.
Portugueses muito ansiosos e preocupados, por isso são facilmente enganados, constata a dirigente do Centro de Apoio ao Imigrante, caem em esquemas de burla. Helena da Silva Hughes vive há 50 anos no país há 40 que trabalha no Centro de Apoio ao Imigrante de New Bedford.
Acha que entre esta cidade e Fall River haverá pelo menos um milhar de famílias portuguesas clandestinas. Para além dos pedidos de passaporte, também muitos lusodescendentes estão a pedir a cidadania portuguesa, porque querem ter alternativas, perante o rumo das políticas de Donald Trump. É a luso-americana Katherine Soares que o afirma.