Há mil e 700 alunos sem aulas de português no estrangeiro, por falta de professores, na rede do Instituto Camões. Número avançado pelo governo.
Há meia centena de alunos de português com aulas online, no Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. Cursos criados para dar resposta à procura de aulas de português, por parte de uma comunidade cada vez mais dispersa. Joaquim Prazeres, Coordenador do Ensino de Português nestes países, no Benelux, explica que as aulas online começaram a funcionar, porque havia alunos que iriam desistir de aprender português, por causa dos horários ou das distâncias.
As aulas começaram em setembro, mas as inscrições mantêm-se abertas. Destinam-se a crianças a partir dos 10 anos, que não conseguem frequentar as aulas presenciais. A ideia é que o ensino online seja o mais aproximado possível do presencial. No total, no Benelux há 37 professores para quase 3 500 alunos.
O Secretário de Estado das Comunidades revela que faltam professores para mil e 700 alunos de português no estrangeiro. Neste momento, o Camões está a tentar recrutar em cada país. José Cesário reconhece que os salários são baixos, mas também lembra que este é um problema que afeta muitos países, a falta de professores. O governante respondia a perguntas há poucos dias, em Londres – questionado sobre a falta de professores no Reino Unido, respondeu que o problema é pior em França e na Suíça.