Sindicalistas denunciam exploração de trabalhadores portugueses no estrangeiro. Hernâni Gomes no Luxemburgo e Ângela Marques na Suíça alertam para as promessas, que começam logo em Portugal, das agências de angariação de mão de obra. Há quem assine contrato sem perceber o que está escrito. E no fim do mês, o salário é quase residual depois de o empregador descontar as despesas. Explicação de Ângela Tavares, central sindical suíça UNIA.
No Luxemburgo a história repete-se, com uma agravante, afirma Hernâni Gomes da central sindical OGBL, muitos trabalhadores ficam alojados fora da fronteira, em casas do patrão. Antes de ir trabalhar para o estrangeiro, informe-se, alerta Hernâni Gomes que lembra que os sindicatos estão de portas abertas para dar informações.
Ângela Tavares garante, mesmo assim, que discriminação e racismo, regra geral, não existem no local de trabalho na Suíça, e não dominar a língua – francês ou alemão – não é problema de maior.
Em Zermat, por exemplo, há patrões que aprendem português para falar com os trabalhadores. Mas a prática, explica a sindicalista portuguesa, é agrupar os trabalhadores por nacionalidades.
A situação dos trabalhadores portugueses na Suíça e no Luxemburgo, pode ouvir a conversa na íntegra no programa Câmara dos Representantes de Paula Machado.

