Grande aplauso na reação. O programa do governo vai ao encontro de muitas medidas, há muito tempo pedidas pelos conselheiros das comunidades portuguesas e outras organizações representativas de portugueses residentes no estrangeiro. O documento propõe a aposta no voto eletrónico à distância, o fim da propina no ensino de português no estrangeiro, a reorganização do modelo de agendamento para o atendimento consular. Ainda o alargamento da validade do passaporte eletrónico de 5 para 10 anos. Também admite o governo o aumento do número de deputados eleitos pela emigração. Tudo boas notícias para Vasco Pinto de Abreu, conselheiro das comunidades portuguesas em Joanesburgo, África do Sul – no anterior conselho estava no grupo de trabalho para as questões cívicas, políticas e assuntos consulares. Vasco Pinto de Abreu aplaude as medidas anunciadas. O programa do governo também prevê o alargamento do ensino de português no estrangeiro, nos novos destinos da emigração. O documento refere ainda o desenvolvimento da rede dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante. Outra medida
passa pela promoção de “um associativismo solidário através da criação de parcerias com associações de apoio social”.
Em França, o novo conselheiro das comunidades portuguesas em Toulouse e Bordéus também defende o que agora está escrito no programa do governo. Em declarações à RDP Internacional, há poucos dias, Vitor Gabriel Oliveira apresentou as suas prioridades como conselheiro das comunidades – o voto eletrónico é uma delas. Toulouse e Bordéus devem ser vistas como áreas estratégicas para Portugal, na opinião de Vitor Gabriel Oliveira, conselheiro das comunidades portuguesas. Ele quer chamar a atenção do governo para a importância dos portugueses nesta regiões francesas – são cada vez mais, porque há muita oferta de trabalho qualificado, desde o sector da saúde à indústria aeronáutica. Serão à volta de 90 mil os portugueses nas regiões francesas de Toulouse e Bordéus, recenseados são mais de 50 mil.