Prosseguimos a descoberta de antigas instalações militares defensivas na costa portuguesa. Hoje vamos ao Forte Velho do Outão, na serra da Arrábida. É um dos melhores miradouros do estuário do Sado.
“A seguir à Segunda Guerra Mundial, uma comissão luso-britânica desenvolveu um plano de defesa costeira da Região de Lisboa, o designado “Plano Barron”, que entre 1948 e 1958 torna operacionais as baterias fixas instaladas ao longo das margens do Tejo, do Sado e da Península de Setúbal. A partir desta altura o Comando de Defesa Costeira passou a chamar-se “Regimento de Artilharia de Costa” (RAC). Localizada na encosta da Serra da Arrábida, a Bateria do Outão era o sétimo reduto de defesa da costa marítima portuguesa, dando proteção à foz do rio Sado e reforçando o poder de fogo das 6ª e 8ª baterias. Ficou operacional em 1954, constituída por 3 baterias 152mm da marca Vickers, de fabrico inglês, com um alcance de cerca de 35 km, pelo antigo Forte Velho de Outão e pelo aquartelamento, construído no Forte. Cessou atividade em 1998. Atualmente ainda subsiste o Forte Velho do Outão, construído no século XVII sobre plataforma de baluarte e articulado em volumes escalonados, com coberturas em terraço, um circuito de muros altos que rematam em balcão corrido. Subsiste também o aquartelamento da bateria com anexo, edificados no espaço do Forte. Existem ainda pequenas edificações de apoio, e a bateria propriamente dita, com as suas estruturas bélicas impressionantes. Do local consegue-se ter vistas fantásticas para o estuário do Sado. A sua localização privilegiada constitui uma mais valia para o desenvolvimento de um projeto turístico neste conjunto edificado.”