No centenário da Rádio, o momento ideal para reflexão. Entre o seu notável passado, o presente relevante e a promessa de um futuro dinâmico.
100 anos são ocasião para celebrar com orgulho as extensas virtudes do meio e a sua potência contínua. Emborra mantenha a popularidade e o alcance de sempre, a rádio – tal como todos os media tradicionais – enfrenta desafios crescentes que derivam da fragmentação de audiências e novos consumos de media, receitas provenientes de plataformas digitais, redes sociais, ventos contrários da censura e processos de consolidação perante dificuldades económicas com um mercado publicitário mais distribuído.
Mas nesta viagem de um século, a Rádio deve lembrar o que a tornou como parte na vida das pessoas:
A sua história e o seu impacto poderoso nas notícias, “estórias”, reportagens, músicas e desporto transmitidos ao longo deste século.
O seu contínuo valor utilitário como rede de segurança pública, em todas as situações, nomeadamente durante emergências, desastres naturais como tempestades, terremotos, inundações, calor, incêndios florestais, acidentes e guerras.
O seu valor democrático ao servir como catalisador de base para a ligação a grupos desfavorecidos, incluindo populações imigrantes, religiosas, minoritárias e empobrecidas; e como um indicador instantâneo da opinião pública expressa por meio da liberdade de expressão no espaço público.
O seu valor no mundo, como entidades de comunicação, grandes e pequenas, com uma variedade de profissionais que transmitem a liberdade de expressão, alegria e conhecimento. A rádio incentiva o cruzamento na soma das partes de diferentes culturas, estilos e sensibilidades, reflexo da variedade nas comunidades.
Em Portugal no segundo semestre de 2023, 7 milhões e 153 mil de portugueses ouviram rádio numa base semanal, número que representa 83% do universo dos residentes no Continente com 15 e mais anos, de acordo com o Bareme Rádio da Marktest, o estudo oficial de audiência rádio no nosso país.
O grupo dos 35 aos 44 anos são os que possuem maior afinidade com o meio, 95% de todos têm contacto com a rádio. Os valores baixam gradualmente com o aumentar da idade, para um mínimo de 62% nos indivíduos com mais de 64 anos.
Entre as classes sociais, 95% dos indivíduos da classe alta diminuindo até um mínimo de 65% dos indivíduos da classe baixa escutam rádio semanalmente. Entre os géneros, o impacto da rádio chega a 88% dos homens e 78% das mulheres.
RTP / Antena 1