Com os stocks selvagens sob ameaça e o consumo de peixe a aumentar – sendo Portugal o maior consumidor per capita da União Europeia e o terceiro maior do mundo – a Jerónimo Martins Agro-Alimentar (JMA) decidiu investir na aquacultura. Para isso, criou a Seaculture, que iniciou a atividade de produção em aquacultura em 2016, centrada em sistemas de produção offshore, e é hoje o maior produtor nacional de pescado em aquacultura em mar aberto.
“Tem sido uma aposta vencedora e um projeto em crescimento contínuo”, diz Pedro Encarnação, diretor de aquacultura da Jerónimo Martins Agro-Alimentar, ao recordar o percurso da Seaculture. O sucesso da empresa pode traduzir-se em números: “Chegámos ao final de 2023 com um volume de vendas de 1.700 toneladas de dourada e robalo, que produzimos nas nossas explorações offshore na Madeira, Sines e Marrocos. Temos o objetivo de, nos próximos 5 anos, atingir as 5.000 toneladas de produção de dourada e robalo em Portugal, contribuindo significativamente para o aumento da produção nacional nestas espécies, que neste momento se situa perto das 3.000 toneladas”.
A operação logística da Seaculture permite que o peixe que é pescado nas várias unidades possa estar a ser consumido 24 horas depois, conferindo-lhe uma frescura ímpar. E o facto de toda a produção ser realizada em mar permite que os peixes se desenvolvam no seu habitat natural. “Utilizamos as tecnologias mais avançadas para otimizar a eficiência de produção e monitorizar os impactos da nossa operação e temos técnicos especializados nas várias áreas de produção”, adianta Pedro Encarnação. (…)
Fonte AICEP / Portugal Global