Vive na Estónia um dos emigrantes que participa no Encontro Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da Diáspora, que começou esta segunda-feira em Braga. A iniciativa da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, que decorre até quarta-feira, conta com 25 participantes. Com a realização de mais duas ações semelhantes, no total serão 75 os dirigentes de associações portuguesas no estrangeiro a receber esta formação, selecionados entre 300 inscritos.
Um dos formandos é Miguel Melo que vive em Tallin desde 2013. É um dos fundadores da Associação Portugueses Residentes na Estónia, no ano passado. “A associação está a arrancar. Resolvi candidatar-me porque pensei que poderia ter muitas coisas para aprender com os outros participantes e com os quadros do ministério dos negócios estrangeiros.”
A Associação tem como objetivo promover a língua e a cultura portuguesas na Estónia. Miguel Melo conta na RDP Internacional que o processo de abertura da associação envolveu mais 4 portugueses e foi tudo tratado à distância. “Não houve qualquer contacto presencial com as autoridades, nós submetemos a nossa candidatura, o nosso formulário de formação, os nossos estatutos, e o único contacto presencial que eu tive foi com os outros membros.” Na Estónia não há Embaixada de Portugal. Os portugueses residentes naquele país do Báltico dependem da Embaixada em Helsínquia, na Finlândia. “A verdade é que nós somos 50, a contar já com os descendentes. Não somos muitos, mas somos bons (risos). Então vamos fazer as coisas que podemos.” Natural do Porto, Miguel Melo vive em Tallin desde 2013.
Uma história de emigração que começou com um mestrado em Relações Internacionais. “Estudei e conheci a mulher que se tornaria a minha esposa. Sou casado e pai de dois filhos. Estudei Relações Internacionais e depois acabei por começar uma carreira na tecnologia, inicialmente seria o apoio ao cliente e vendas, e agora estou a trabalhar para uma empresa que se chama cibernética e que faz software para Estados, nomeadamente software de identificação e de transferência de dados”, acrescenta à RDP Internacional.