Hélder Luís, designer, fotógrafo, artista multimédia, músico e criador responsável da exposição «Sardinha – o Sem Fim da Pesca do Cerco».
O livro «Sardinha – o Sem Fim da Pesca do Cerco» de Hélder Luís foi apresentado no Museu de Portimão, em abril, numa organização da Confraria Gastronómica da Sardinha de Portimão..
Durante quatro anos, no âmbito de uma residência artística na Póvoa de Varzim, Hélder Luís percorreu o mar português a bordo de várias embarcações, a partir de quase todos os portos de pesca do país, acompanhando a vida no mar de muitas tripulações.
Uma viagem sem guião, que coloca em evidência a dimensão nacional da pesca da sardinha, a pesca das pescas do mar português, mas também uma saga humana pouco mais do que invisível, a não ser quando há notícia de naufrágios ou quando se reabrem os debates sobre a escassez do recurso.
«Sardinha, o sem fim da pesca do cerco» é um projeto de fotografia documental, enquadrado numa residência artística (MAR|PVZ|19/20), realizada com o apoio da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim.
Esta publicação procura documentar aquela que é a arte de pesca mais importante em Portugal.
O cerco integra a pesca da sardinha, símbolo bem português, centro das festas populares e principal espécie da indústria conserveira, mas não só, pois abrange espécies como a cavala, o carapau ou o biqueirão.
Sendo uma publicação sobre a pesca, é inevitavelmente sobre as suas tripulações também: um contributo para o reconhecimento dos homens que passam as noites no mar atrás de um peixe que teima em escapar e que, tantas vezes, regressam sem sustento para os dias seguintes.