Foi o primeiro semanário português em França. Publicado inicialmente em papel, agora surge apenas em formato digital e conta com 200 mil leitores.
Carlos Pereira, fundador e diretor do jornal, recorda aquele que considera ter sido um trabalho de formiga feito pelo Lusojornal. “Até 2004, os jornais falavam só da rede associativa, que era uma rede importante e ainda é hoje, mas nós tentámos sempre ir buscar os portugueses que não estavam só na vida associativa e que estavam espalhados um pouco por outras atividades. Foi um trabalho de formiga ir buscar as pessoas que estavam no domínio das artes, do mundo empresarial, desportivo, político“. Folheando as memórias entre entrevistas, reportagens e notícias, Carlos Pereira destaca a cobertura do 1.º congresso da Cívica – Associação dos Eleitos de Origem Portuguesa em França. “Este congresso representou uma mudança muito grande em termos de representação política em França. Lembro-me que, na altura, havia uma centena de luso-eleitos em França de autarcas de origem portuguesa e hoje há cerca de 8 mil. Esse evento mostra que há uma vontade política de participar na comunidade portuguesa. Nós contribuímos muito também para isto ao dar o exemplo de que uma é autarca, um é presidente de Câmara, outro é vereador. Ao contarmos essas histórias, fomos mobilizando outros“.
Depois de dar conhecer os portugueses em França durante duas décadas, Carlos Pereira afirma que, agora, com 200 mil leitores, o Lusojornal necessita de uma rápida consolidação financeira. “Chegamos a muita gente, mas esse trabalho só é possível ser desenvolvido se nós conseguirmos desenvolver uma ação comercial, e é esse o nosso grande desafio nos próximos meses porque para nós é fundamental a consolidação financeira do projeto. O projeto sem meios não pode andar e nós temos tido pouca sorte na nossa área comercial“, acrescenta à RDP Internacional.